Estou escrevendo uma história chamada “O Centro de Aurora” na Wattpad. Comecei a escrever a pouco tempo e venho dedicando boa parte dos meus dias a ela. Bom, a Wattpad é um site onde pessoas do mundo inteiro acessam para ler histórias gratuitas ou escrever as próprias. 

Você consegue acessar minha história entrando no meu perfil @DaniLittig ou clicando aqui.

Capa feita por Laura Machado.

SINOPSE

O que você faria se tivesse a oportunidade de morar na sua imaginação? Largaria sua família, sem nenhum aviso, e viajaria para um mundo imaginário onde nada é completamente estável?

Aurora era uma menina que tinha muitos sonhos. De repente ela some. Vai parar no mundo da sua própria imaginação. Acaba descobrindo um pouco mais sobre o que passava em sua cabeça todas as vezes que fechava seus olhos para dormir.

Descobre que se apaixonar por alguém em um mundo imaginário poderia lhe causar grandes problemas no momento em que fosse embora. 

Seus medos pertenciam a aquele lugar, seus maiores pesadelos e preocupações eram feitos lá. Você teria coragem de enfrentá-los para descobrir mais sobre você mesma?

Ela não teve coragem, foi levada a força. Agora precisa consertar tudo e tentar voltar para casa, isso tudo se não mudar de ideia antes.



Deixe que mudem, deixe que façam o que quiserem. Você não é mais o dono do que acontece por lá. Deixe que transformem, deixe que façam algo bom pra eles. Você não tem permissão para dizer se isso te agrada ou não.

O tempo das suas mudanças naquele local se esgotou, o tempo de outros começou, deixe que façam o seu trabalho em paz.

A vida mudou por tantos anos naquele lugar, pessoas chegaram, pessoas saíram, pessoas viveram, você viveu, eu vivi, mas deixe que outros possam viver e fazer as transformações necessárias. Deixe que também construam um pouco da história. O que foi, foi. Não tem como mudar.

Quando um livro acaba, temos que aprender a viver sem aqueles personagens que faziam parte integral de nossa vida e, assim, sem nem ao menos notarmos, outro começa. Apenas deixe outro começar.

Não é tão fácil, nem um pouco simples, mas todos conseguem, mesmo que para isso você precise esconder a frustração de um fim convencional. Todos conseguem, você também vai.



Sala vazia, olhos cheios. Pessoas estranhas, olhos cheios. Falando demais e os olhos continuam cheios. Cheios do que você quiser interpretar. Talvez de amor ou decepção, felicidade ou simplesmente indiferença. 

Qual o problema de continuarem cheios? Estão cheios de algo que você não consegue interpretar, cheios de algo que você não tem a paciência de conseguir. Cada um tem os olhos que merece.

A gente vê muitas pessoas com seus olhos vazios, rasos e seus rostos cheios de olheiras. Pessoas indiferentes a vida. Tanto faz para elas se alguns passam fome ou se não têm uma casa para morar, tanto faz se tem problemas e precisam de ajuda.

Pessoas indiferentes que não se deixaram cativar pela vida, não se deixaram ver o amor por detrás das pequenas coisas, o amor nos olhos de uma criança que passava fome, mas que agora têm o que comer. Esse tipo de pessoa não liga para quantos rostos felizes pode ver durante a vida, mas apenas pelo o que pode ver quando se põe de frente ao espelho. 

Sala cheia, olhos vazios. Pessoas iguais, olhos vazios. Falando de menos e os olhos continuam vazios. Vazios, simplesmente. Porém, cheios de desamor, impaciência e incredulidade nas outras pessoas. Indiferentes a você, indiferentes a qualquer ser humano. 

Perceba bem, não estou falando de olhos.



A gente escreve sobre coragem, sobre ser alguém confiante, sobre pessoas destemidas e que estão sempre encarando seus medos com toda a força do mundo. Só que a gente se esquece que a vida não é assim, essas palavras são um esboço, um rascunho de como queríamos ser e de como a nossa vida deveria estar. Pena que não conseguimos isso, infelizmente talvez não dê tempo de passar a limpo, a vida é um livro que é preciso ser escrito a caneta, com muita força para marcar todas as páginas, assim se uma delas for arrancada ou passarem corretivo em alguns parágrafos, as demais vão estar com um pouco dela ainda. Algumas histórias a gente tem a mania de começar a escrever a lápis, aí aparece alguém com uma borracha e quando a gente vê, ela apagou tudo, acabou com tudo, não deu tempo de impedir, por isso que prefiro canetas, mas nem sempre tenho uma por perto. 

Nós não deveríamos ter medo de nada, teríamos que correr atrás do que a gente quer, ir em busca da nossa felicidade, mas a gente nunca faz isso. Somos fracos, infelizes e, simplesmente, somos nós. Desistimos de tudo, só falta desistir da vida porque de resto tudo o que tínhamos já deixamos de lado, já deixamos que alguém apagasse ou arrancasse a página que estava escrito a história, provavelmente a nossa estava lá, mas por sorte, eu passei a caneta e ainda tenho muitas folhas para reescrevê-la.


Quem sabe a gente se encontre na fila do mercado ou da padaria, em um ponto de ônibus ou em qualquer encontro da vida. Quem sabe em um desses encontros você esteja de mãos dadas com outra mulher, pode ser que eu esteja já casada, com filhos na escola e uma vida movimentada.

Talvez até lá você já tenha ido conhecer todas aquelas cidades que um dia disse pra mim que conheceríamos juntos. Talvez até lá eu tenha terminado de ler meus livros e comprado outros, conhecido muitas pessoas e tentado descrevê-las nos textos que escrevo. Talvez tenhamos realizado nossos sonhos, criado alguns e guardado aqueles em uma gaveta qualquer. Talvez tenhamos mudado a nossa vida e a transformado em algo que nunca nem se quer nos permitimos imaginar.

Quem sabe nessas filas da vida possamos conversar um pouco e dizer que realizamos nossos maiores desejos, depois pagar a conta e ir embora procurando outras filas e outras vidas que deixamos escapar.



Ta tudo tão passageiro hoje em dia que quando alguém morre tudo parece ficar cinza, sem vida. Mas daqui a pouco volta tudo ao normal. Não nos importamos mais com as pessoas a nossa volta. Aquele cara não tem onde morar, mas não podemos ajudar porque ele deveria arrumar um emprego e parar de moleza. Mas se ele morre a gente com toda a certeza vai ouvir alguém dizer: “Coitado, era um cara bom, porém não teve sucesso na vida. Uma pessoa tão honesta merecia mais do que teve. Ele podia ter pedido ajuda, eu ajudaria sem problemas.” Mas as pessoas só sabem criticar, falar mal umas das outras e serem individualistas. A vida não ta fácil nem pra mim que tenho tudo de mão beijada, imagina pra alguém que passa fome e perdeu o emprego, mas a única coisa que a maioria das pessoas vai fazer é olhar a situação do próximo e criticar. 

Enquanto a pessoa ta viva ela não presta, faz tudo errado e é odiada por um monte de gente. Só que se acontece uma desgraça na vida dessa pessoa aí as redes sociais vão à loucura, é foto junto, é mensagem, é post falando de como a pessoa era boa e vai fazer falta, é falsidade e mais falsidade. Não estou dizendo que todo mundo é assim, existem pessoas que ainda tem amor no coração, mas não são todas, na verdade são pouquíssimos seres humanos que ainda conseguem repassar um pouco de amor e não ódio.

A gente corre pra cá e corre pra lá, aí quando a gente se toca de que se esqueceu da pessoa a fixa caí, a fixa não só cai como quebra também. É nessa parte que entra o desespero, começamos a ver que estamos rápidos demais e que deixamos todas as memórias daquela pessoa para trás, percebemos que mesmo com tudo o que aconteceu e mesmo tendo sido tão importante a presença dela na nossa vida a gente simplesmente se deixou levar pela agitação do momento e esqueceu. A gente chorou, disse que nada seria como antes, reclamou, perdeu as esperanças, se desencantou pela vida, mas no fim acabamos achando uma escapatória para todos esses problemas, o esquecimento. Paramos de pensar tanto, nos ocupamos com coisas fúteis, fizemos qualquer coisa para manter a mente ocupada de lembranças que são pura saudade, uma saudade ruim que não pode e nunca poderá ser quebrada, ela é forte, às vezes mais forte que nós, e acaba nos machucando quando tentamos arrumar um jeito de destruí-la, mas como não conseguimos acabamos por optar pelo caminho mais fácil, e quando menos percebemos a gente esqueceu até porque ela partiu.

A gente se deixou levar por tanta coisa que quando a gente olhou pra frente não conseguiu ver mais aquelas memórias e lembranças que sempre recordava. Agora ta tudo mais embaçado, tudo menos colorido e muito mais triste. Quando foi que o tempo passou tão rápido assim?



A gente anda em uma estrada durante toda a nossa vida, às vezes encontramos a chuva, outras vezes encontramos as pessoas. Mas podemos dar a sorte de encontrá-las ao mesmo tempo.

Mais uma vez a chuva nos pegou desprevenidos, saímos correndo pra não nos molhar, mas acabamos escorregando e saindo da pista. Caímos, levantamos e fomos à procura da estrada novamente, mas com isso acabamos chegando muito perto do precipício, essa já é a terceira vez que isso me acontece. Não estava lá sozinha, você estava comigo, me encorajando para pular. Dizia "vamos, vai dar tudo certo", mas como tenho esse pessimismo idiota dentro de mim acabei por dizer que preferia ficar ali, onde tudo era mais calmo, queria encontrar novamente o caminho porque, afinal, se não estamos na estrada como é que vamos ser alguém na vida, não é mesmo?

Nós podemos fazer muitas escolhas durante a nossa existência, cada uma delas vai trazer consequências diferentes. Se a gente escolhe nunca correr durante a chuva, nunca sair da estrada por vontade própria, e escolhe caminhar em direção a um emprego cansativo e a um futuro monótono, aí sim, isso é o que eles dizem ser alguém na vida, isso é ter uma vida boa, uma vida de adultos chatos que não conseguem entender o porquê de alguém gostar de outra pessoa. Uma vida de poucos amigos é o que eles têm, só conseguem ver o futuro salário grandioso que vão receber e com o que irão gastar, muito legal né? 

Podemos lutar contra isso, é apenas questão de querer, de se importar, porque querem nos transformar como eles, acham que fazemos tudo errado sempre, mas temos um motivo para cada pequena ação, só que nunca nos escutam e nem ao menos tentam entender os nossos motivos. 


Mas a gente não liga, consigo ouvi-los gritando e nos chamando lá da estrada, só que pela primeira vez eu não quero escutar. Não quero saber o que eles têm para me dizer, nem quero discutir de novo que tudo o que eles fazem não vale e nunca valerá à pena, pois mais uma vez encontrei a chuva e alguns motivos a mais para ser feliz. 



E foi sem querer que aprendi que algumas pessoas chegam na nossa vida apenas pra trazer o caos. Como você. Exatamente desse jeito. Chega calmo, tranquilo, sem querer perturbar, apenas vive por algum tempo perto de nós, depois vai se aproximando e, quando nos damos conta, ele está enchendo a vida da gente com aquela paz maravilhosa que só ele consegue passar. Mas como é possível transmitir tanta paz e trazer consigo esse caos todo? 

A vida é como um jardim. Somos como flores que são cultivadas por um jardineiro, esse têm apreço maior por aquela linda flor em especial, mas chega um momento em que você vai amar tanto o jardineiro que cuida de ti, que vai se transformando cada vez mais bela com todo o amor que recebe. Porém ele não quer saber, não cultivava tanto sentimento como você. A linda flor que você é percebe o que de fato ele sentia, apenas uma empatia maior por flores amarelas, já que você era sua única exemplar, ele te cultivava até que conseguisse mais de ti e acaba te tornado apenas mais uma em meio a um canteiro gigante de flores assim, belas, mas comuns.



E tudo a nossa volta grita incansavelmente pedindo e suplicando "por favor, olhe para nós", mas a gente continua olhando para os lugares errados. Somos míopes em grande parte do tempo, somos cegos para ações que acontecem embaixo de nosso nariz, mas enxergamos o que nos convém, o que queremos ver.

Não vemos as pessoas ao nosso lado passando fome, mas elas estão aqui. Não vemos o preconceito racial no nosso dia a dia, muitos chegam a dizer que isso é só frescura, mas ele passa diante de nós a todo instante. Não vemos o estupro como erro do estuprador, porque afinal, ela estava com aquele shortinho curto, queria ser violentada.

Continuamos à não querer ver o que está diante de nós. A mídia vem distribuindo vendas para nossos olhos, vêm nos dizendo o que é certo e o que não é. E, como já somos cegos mesmo, acabamos por aceitar o que é imposto.

Mas agora vem a pergunta: Se somos o futuro, se somos a geração que vai mudar e tentar fazer uma história melhor, como vamos dirigir um mundo de olhos vendados?



Muito prazer, meu nome é Sofia, sou estudante e tenho 17 anos. Sempre tive os sonhos mais imprevisíveis do mundo, ora eu queria ser veterinária, ora queria ter um hamster, de vez em quando queria ser escritora e às vezes eu gostaria de sair pelo mundo, apenas para deixar os problemas para trás e aproveitar um pouquinho. Meus sonhos iam do norte ao sul e do leste ao oeste, mas nunca deixavam de ser meus sonhos, cada qual com um pouco de tudo, cheios de amor, imaginação e dedicação para torná-los realidade. 

Um dos problemas do qual sempre estou fugindo é dessa tal da realidade. Nos livros que eu estava acostumava a ler, as coisas aconteciam de um jeito maravilhoso, fácil e simples, tudo tão mágico, mas aí a gente cai aqui e se dá conta de que os autores estavam tentando fazer a mesma coisa que estou fazendo, fugir e se esconder dela através da vida de pessoas que existem dentro de nós, que se mostram corajosas e fortes o tempo todo ou em boa parte dele.

Tentei pegar um tanto dessa coragem pra minha vida, quem sabe com ela eu não consiga realizar pelo menos alguns desses projetos que ficam guardados dentro da minha cabeça. Por que, afinal, o que seriam das pessoas se elas não estivessem a todo o momento correndo atrás de algo? Estou indo atrás do que quero, talvez no mês que vem eu esbarre em alguém e mude de direção, vá parar lá no norte do país com pessoas diferentes das que estava habituada e encontre outros projetos por lá. E isso é um pouco de como sou, tentando ser diferente mas, no final, sendo igual a todas as outras pessoas. Mesmo assim, muito prazer.



Saudade é o que nos permitimos sentir, apenas isso. A sua falta dói, destrói e acaba por transformar alguns sentimentos aqui e ali. Nós tivemos nossos melhores momentos há algum tempo. Volte, viva comigo, sorria comigo. Vamos brigar mais um pouco, só mais um pouquinho, por favor. Nós só percebemos que alguém é tão importante em nossa vida, quando esse alguém se vai e nos deixa em um vazio incomum. Me desculpe por todas as vezes que discutimos por motivos idiotas. 

Quem tem um irmão tem tudo, nada nos traz um sentimento melhor do que reencontrá-lo depois de algumas semanas sem nos ver. Nenhuma ligação faz o mesmo efeito que uma conversa pessoalmente, nenhuma mensagem de boa noite pode mudar um boa noite quando vamos dormir na mesma casa. 

Quem tem um irmão, mesmo que não seja de sangue, vai saber do que estou falando. A distância vai machucando, a saudade vai destruindo, mas as memórias são fortes, os momentos bons são invencíveis e o amor não se vai, o amor fica, ele fica e faz com que tudo pareça possível, faz também com que a pessoa esteja do seu lado em todos os momentos, mesmo quando não está. 

Quem tem uma pessoa linda assim ao seu lado, não precisa ter medo de nada nem de ninguém, porque ele nos ajuda, nos motiva a ser uma pessoa melhor a cada dia, nos motiva a não desistir e também nos corrige quando fazemos algo errado e não queremos admitir isso. 

Nós sabemos que ser como ele é o nosso objetivo, ele é o exemplo, algo que queremos nos tornar daqui algum tempo. Muitas pessoas precisam procurar por essa pessoa durante a vida, mas graças a Deus que quando nasci, você já estava aqui.




A vida vai passando rápido demais, há poucos anos atrás eu era apenas uma criança. Não tinha preocupações, apenas queria correr, brincar, comer chocolate e me balançar no balanço da casa de minha avó. Só tinha que me preocupar com o horário do meu desenho favorito na TV. A comida já chegava quentinha no prato, os problemas passavam por mim e iam direto para os meus pais, os exercícios dava conta de fazer na escola e o dia parecia sempre passar muito devagar.

Agora preciso correr para não perder o ônibus, colocar o despertador para que eu não perca o horário de levantar, correr, correr, correr... A única coisa que sabemos fazer é correr, e muitos ainda dizem que o dia passa voando e quando piscamos o olho o mês acabou. Mas é claro, corremos e corremos sem ao menos dar-nos um tempinho para respirar, para enxergar, para viver sem precisar estar atrás de algo o tempo todo.

A infância tem uma coisa mágica chamada tempo. Nele nós conhecíamos pessoas, brincávamos, descansávamos, respirávamos... Tudo o que não nos permitimos fazer mais. Quando somos pequenos é tão fácil encontrar pessoas como nós, mas aí crescemos, colocamos defeito em todos a nossa volta, descontamos a nossa raiva e o nosso cansaço no outro e, assim, nos transformamos em pessoas sós, vazias e infelizes. Porque, afinal, é muito mais fácil acordar de manhã e dizer que estamos de mau humor e sair tratando os outros mal, do que apenas sorrir e dizer um bom dia, conversar, ouvir e ser ouvida pela pessoa ao seu lado. A ignorância é o caminho mais rápido das pessoas com falta de tempo, pois os outros irão se afastar e não vão querer estar perto dela, dando o que ela mais quer. “Paz”.

Agora me diz o que de bom vai te trazer, se você continuar a tratar os outros a sua volta com esse desprezo todo, com esse rancor e superioridade. A vida ta passando rápido demais, e quando se der conta você vai se encontrar sozinho, com a sua família tendo que te suportar por não ter como se ver livre de você. O que custa tratar o outro com igualdade, respeito e amor? Isso só vai somar na sua vida e, como estava dizendo, há poucos anos eu era apenas uma criança, mas quero continuar a ser como uma.



Nós nos bastávamos, agora somos incompletos. Nós nos amávamos, agora nem nos falamos mais. Nós vivíamos pela felicidade, agora nos afundamos na tristeza. Nós. Algo que não existe mais. Nós. Algo bom que um dia fez feliz quem apenas queria viver. 

Fomos perfeitos porque fomos verdadeiros. Vivemos sonhando, acordando e chorando por não poder mais sonhar. Queremos de volta a vida que tivemos, queremos tudo como era. Queremos poder sonhar só mais uma vez, queremos poder amar só mais uma vez, queremos e queremos mais uma vez. Você foi o sonho que passou em minha mente por muitas noites, porém não mais. Alguém que apenas trouxe um pouquinho mais de tristeza ao partir. 

Estou fechando as portas do meu coração para qualquer amor que queira me fazer sentir. Só faço as pessoas ao meu redor infelizes e sempre as decepciono. Se fechar meu coração não terei novas decepções e consequentemente não decepcionarei quem amo. Não deixarei de amar as pessoas que estão constantemente passando pela minha vida, só deixarei que não cheguem perto demais de mim. Deixarei que entrem, mas não por muito tempo, porque o tempo aprofunda o que sentimos e isso fará com que a decepção e o sofrimento toquem a companhia e distraidamente abrirei a porta e eles entrarão novamente em minha vida, do mesmo jeito que estão sentados a mesa neste momento, fazendo um lanchinho e bebendo minhas lágrimas de desespero.

O amor é algo maravilhoso, até que você se perde dos seus objetivos e deixa sua vida totalmente ao relento da noite. Perdoe-me por destruir mais um pedacinho do seu coração, desculpe-me por tudo que venho lhe causando. E esses pedidos de perdão vão para todos os que foram magoados por mim nos últimos dias.



O desrespeito é cada vez maior em nossa sociedade. Todos os dias ocorrem casos de estupro e desrespeito as pessoas, mas nem sempre tem tanta importância na mídia, mesmo sendo gravíssimo o que ocorre. O que será que passa na cabeça dessas pessoas nesse momento? Será que se recuperam de um trauma tão grande? O assunto vem tendo pouca importância de todos os lados, a mídia não fala tanto sobre o assunto e os políticos deveriam se mover para ajudar mais os que sofrem. Mas a culpa principal de tudo é das pessoas. Falta amor, falta respeito, diálogo, compreensão, compaixão e o principal... CARÁTER. 

Pessoas sofrem todos os dias com o abuso sexual, o preconceito racial e também por suas preferências, sejam elas pela religião X ou Y, ou pela falta de uma crença, pelo parceiro que vai querer ter para sua vida e por diversas outras formas que são reprimidas pelos maiores. 

Não venho aqui para ficar desse ou daquele lado da guerra, sou a favor da igualdade, sem mas ou poréns. Se existissem pessoas melhores provavelmente o feminismo não teria sido criado, as cadeias não estariam lotadas e os juízes com tanto trabalho para ser executado. Teríamos mais escolas, mais pessoas felizes e um mundo completamente diferente. Se as pessoas não matassem, roubassem e maltratassem o seu próximo, viveríamos sem tantas preocupações. Não podemos sair de casa com pertences, com medo de sermos assaltadas. Não sabemos como chegaremos em casa e se estaremos bem ao fim do dia. Vivemos em uma completa insegurança e desconfiança. Tudo isso porque as pessoas são desrespeitosas e maldosas com o mundo.

Queremos um lugar melhorar para se viver, faça a sua parte, por favor.



Durante toda a minha infância acreditei que o Papai Noel levava os presentes e arrumava a árvore de Natal. Acreditava inclusive que ele arrumava todas as árvores e fazia o serviço todo sozinho, sem lógica, não? Acreditava ainda que existisse um coelho que trazia os ovos da Páscoa, e para que ele deixasse os meus, eu precisava antes arrumar a cesta e os ninhos. Era a maior festa porque saímos no quintal da minha vó e pegávamos as flores mais bonitas para que o ninho ficasse lindo. Fizemos isso por muito tempo.

Quando cresci comecei a ajudar a montar a árvore, o que foi muito divertido, porém a magia de ver tudo pronto e entrar na sala somente após a vovó abrir a porta se desfez. Agradeço mil vezes por ter uma infância sem tanta influência da internet, acredito que tudo teria sido menos mágico.

Nunca vou me esquecer das várias vezes que caí no quintal, de andar de bicicleta, correr, pescar, comer bala no sábado à tarde depois da minha mãe ter ido ao supermercado, assistir as propagandas de TV da Polishop que sempre repetiam a mesma coisa, comer frango de forno e ainda o melhor pão que só ela sabia fazer. Também nunca vou esquecer as vezes que a vi amassando o pão na despensa ou quando ela estava no terreiro molhando as plantas.

Quando alguém que nos une se vai, fica difícil continuar, prosseguir, persistir. Sempre nos deixou ligados uns aos outros e sempre apartava as confusões com seu maravilhoso dom de ser quem era. Mas agora, depois de dois anos sem aquela que todos amavam, será que conseguiremos deixar nossa família parecida com a que ela deixou? Unida, amiga, divertida? Não é impossível porque ela e vovô conseguiram isso por longos anos. Será que somos menos capazes de realizar o mesmo feito?

Durante toda a minha infância não entendia porque as pessoas partiam, porque tudo deveria necessariamente mudar ou acabar. É bem provável que ainda não tenha achado uma resposta para isso, mas acredito que se ela estivesse aqui nos mandaria seguir em frente sem brigas e confusões, apenas sendo quem nós éramos antes de tudo acontecer. Apenas sendo uma família unida!





Por estarmos cheios de nós mesmos, por não prestarmos atenção nas pessoas a nossa volta, por não ajudá-las e não ficar ao lado delas quando mais precisam da gente é que perdemos amigos importantes em nossa vida. Muitas vezes estamos concentrados em nossos celulares, conversando com outras pessoas ou apenas nos desligando das que estão próximas a nós, e ao invés de fazermos isso poderíamos estar criando uma nova relação com elas, conhecendo-as  melhor, conversando e sorrindo sem ser com os emojis do celular.

E por estar conectada a um mundo virtual desnecessário acabei não prestando atenção na situação em que estava prestes a chegar e se instalar em minha vida. Não lembro mais dos joguinhos tão interessantes que ficava baixando ou das conversas do WhatsApp que pareciam ser importantíssimas, mas lembro das coisas que não vivi, das pessoas que deixei de conversar e de todos que poderia ter aproveitado mais a companhia. Deixei de fazer tanta coisa por causa do vício na internet e ele não me levou a lugar algum, porque afinal, os joguinhos mudaram e as pessoas também. 

A internet veio para nos conectar com as pessoas do mundo inteiro e isso não é ruim, muito pelo contrário, porém tudo tem sua hora e mais uma vez errei e utilizei algo que deveria ser para o meu bem contra mim.



Um abraço nos transmite amor, nos passa segurança e felicidade. Abraçamos porque nada é tão bom quanto ter um abraço de quem gostamos, seja esse alguém sua família, amigos ou até conhecidos. Agora imagine alguém que quer abraçar, mas ainda não pode. É dessa pequenina pessoa de quem venho falar hoje. 

Seu nome é Raissa Victória, ela tem quatro anos e sofre de uma doença chamada Epidermólise Bolhosa. Os médicos haviam dado a ela apenas dois meses de vida, mas por ser uma menina forte e com muita garra ela vem vencendo a cada dia e tendo a ajuda incondicional de Deus, médicos, pais e todos os que vêm participando da campanha. 

A pele de Raissa é extremamente frágil e sensível. Com isso, quando alguém a toca, mesmo com cuidado, pode causar ferimentos que se iniciam pela formação de bolhas. A doença ainda não tem cura no Brasil, porém a Universidade de Minnesota Medical Center - Fairview, nos Estados Unidos, vem pesquisando para encontrá-la. Eles já realizaram cirurgias que chegaram a resultados impressionantes. Para que possa participar desse estudo, Raissa precisa de uma quantia de 1 milhão e meio de dólares. Muitos vão dizer que isso é impossível para pais que não possuem uma renda tão boa, mas quem disse que são só eles que estão lutando para conseguir realizar o sonho dessa menina? Os pais dela vêm fazendo o possível para que cada vez mais pessoas conheçam a história de Raissa e ajudem na campanha para que possa ter um final onde ela consiga dizer: “Eu consegui abraçar!” 

Os pais dessa menina guerreira criaram um site onde você pode conhecer mais sobre sua vida, vendo vídeos, lendo sobre a doença e ajudando na campanha. Ajude você também! 




O coração ficou mais triste, o sentimento foi dar uma volta lá pelo Sul do país, a decepção tomou conta de tudo e o medo chegou pra passar umas férias por aqui e fazer uma companhia básica. A vida é como uma sala de aula e fiquei reprovada na matéria Amor. Desculpa pais, por ter que fazer com que assinem o meu boletim. Sempre fui boa em Português ou Química, Diálogo ou Decepção, mas confesso que andei matando algumas aulas e alguns sentimentos por aí, e nessa brincadeira acabei ficando reprovada, sinto muito em lhes dizer isso. Sei que tentaram me ensinar um pouco da vida para que não sofresse agora, porém fui teimosa demais e acreditei que sabia de tudo. E assim, mais uma vez, fiz meu coração ficar mais triste. 
Chove lá fora e aqui dentro também. Abraçada em meu travesseiro sinto as lágrimas escorrerem da mesma forma que a chuva cai. O tempo fica nublado, escurecendo mais uma vez, a tempestade volta e eu caio junto a ela, rapidamente. Estou esperando quando o céu se abrirá novamente e verei o sol, junto dele um sorriso que mostrará que tudo finalmente ficou bem.


Ninguém nunca disse que seria fácil, muito menos impossível. É preciso que sonhemos com os pés no chão, mas os olhos no horizonte porque se sonharmos olhando para o objetivo e correndo atrás dele, conseguiremos alcançá-lo bem mais rápido do que apenas olhando para baixo.
Imagine alguém que só olha para os próprios pés, ela consegue correr, mas será que está vendo onde seu sonho se encontra? E será que uma pessoa que só olha para suas futuras conquistas consegue ver as pessoas a sua volta? 
Os amigos que conhecemos ao longo da vida servem para nos ajudar a enxergar o caminho e os sonhos, que muitas vezes ficam escondidos por medo de uma possível falha. Porém, eles também esperam a nossa ajuda. Qual a razão de seres humanos quererem viver uma vida apenas em função de um objetivo maior se as pequenas metas que conseguimos, pouco a pouco, nos ajudam a ser felizes de uma mesma forma? Será que caluniar, roubar e tentar passar o outro para trás é uma maneira limpa de conseguir o que queremos?



Cultivei o passado por tanto tempo acreditando que o que foi um dia voltaria a ser e se transformaria em um futuro florido. Cultivei cada palavra para não deixá-la ir com o vento, cultivei cada abraço para não deixá-lo escapar com a tempestade e ainda cultivei cada sorriso para não perde-lo em meio a neblina. Fiz tudo isso na esperança de que um dia o que foi voltasse a ser, as amizades que, por algum motivo partiram, voltasse para mim e aqueles momentos todos fossem repetidos para que aproveitássemos cada um apenas mais uma vez, para podermos guardá-los melhor dentro de um cofre no nosso coração.

Foi uma pena que esses momentos não voltaram, sei que nunca voltarão, mas sei que eles nos ensinaram a aproveitar o que temos agora, no nosso presente, o nosso novo momento com novos abraços, sorrisos e palavras ditas por outras pessoas que vão passar por nossa vida, até que um dia passarão a fazer parte de outra, e assim à vida segue.


Então a gente vai e volta, muda a rota, troca a música e continua, mesmo sofrendo, sentindo as consequências, descobrindo novos sentimentos e, por fim, mudando-se.
Então a gente fica e continua na mesma situação, querendo mudar a cada segundo, porém sem coragem e totalmente sem condição.
A gente tenta mudar, tenta ficar, tenta ir e voltar. Mas cada tentativa torna-se vão. Por que isso atinge tanto o meu coração? Por que cada segundo torna-se vão?
Querido, a gente erra, muda de humor e de estação. Outono, primavera, inverno, verão. E acha que sua vida não pode mudar na próxima estação?
Os detalhes da vida estão aí. Perceba, viva, ame. Sorria ao longo do dia, chore a noite, sinta falta e mate a saudade, leia um livro, encontre a família, conheça alguém legal e quando se der conta, a vida passou e a estação acabou.


Vocês não estiveram aqui quando tudo aconteceu. Desapareceram, viajaram, dormiram. Obrigada por me ajudarem quando mais precisei de vocês. Foi um dos piores momentos da minha vida, isso se não foi o pior, e o que vocês fizeram? Isso mesmo, NADA.

Soube que você estava dormindo enquanto eu chorava por perdê-la. Te esperei na janela daquela casa que ainda guarda os meus melhores momentos, te esperei torcendo para que tudo aquilo fosse mentira, te esperei e te espero até hoje.
Momentos de dor por perdê-la, por ter que deixá-la, por saber que nunca mais a veria. Minha melhor. Doeu, dói e doerá eternamente enquanto ainda respirar e querer ser o melhor por você, querer ajudar e viver por você.
Perguntaram-me que tipo de amigos eu tinha porque nenhum deles apareceu quando eu mais precisei. Eles sabiam do que havia acontecido, sabiam da minha dor, conheciam minha família, mas a única coisa que fizeram foi enviar uma mensagem. A era de mensagens não consegue abraçar um amigo, não consegue ajudar quem precisa, não muda quase nada. O presente importa, o agora, o hoje.  Depois que tudo passou vocês vieram me abraçar, falar palavras bonitinhas e perguntar como estava. Será que acharam que eu não havia notado a ausência de pessoas tão importantes em um momento como esse?
É, eu notei a ausência de vocês. E, me perguntando agora, será que eram tão importantes assim?